Hoje eu queria arrancar meu coração. Fugir daqui, desse mundo de mentiras e enganos. Arrancar e inutilizar todos os sentimentos sem retorno que eu cultivo. Ser imune à toda dor da qual eu venho sentindo. Hoje eu queria voar para outro planeta. Do que adianta sentir e não viver ? Mas só de pensar que isso me tornaria uma pessoa fraca, eu me enojo e tenho esperanças de melhora. Tenho esperança por mim e por ela... por nós.
Eu queria ter toda a razão do mundo, para poder seguir em frente com consciência de que errado nada fiz e de que não sou vítima de MEUS atos estúpidos, mas eu sou, e o pior de tudo, eu sei disso. Queria não me arrepender de nada, queria voltar atrás.
Sinto falta do passado, e engano o presente com ilusões de um futuro similar. A minha indefesa tornou-se minha prisão. Meu altruísmo tornou-me escrava. E por mais que eu saiba de toda a verdade envolvida, eu não consigo me livrar ou excluir tal ligação, por mínima que seja. Como me sinto impotente, como me sinto um nada, e como me odeio por a querer por perto, ao menos para olhá-la ou admirá-la. Tudo isso me faz pensar que não há salvação ou saída, mas há... eu sei que há, só ainda não consegui encontrá-la ou encontrá-LO.
Eu não consigo olhar para o passado e ao menos PENSAR que tudo aquilo foi um sonho...não, eu tenho que acreditar que também teve sua parte de realidade, e que em alguns dias ela falou a verdade, pelo menos em alguns dias. E eu mudei, me reconstruí, das cinzas de novo... fênix. E pensar que eu dia eu fui aquela princesa intocável, só me faz acreditar que eu poderia ter evitado tantos acontecimentos inúteis em minha história. Eu poderia ter sido poupada, talvez... mas aí eu não iria aprender o que aprendi e muito menos amadurecer o que eu amadureci. Superar talvez, esquecer NUNCA.
“ Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame” Vá entender... como diria Neruda, entendendo ou não, veja e observe, o mundo é feito de antíteses e paradoxos, mas acima de tudo isto é feito de AMOR.
